Nesta sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025, o Brasil perdeu um de seus grandes cineastas: Cacá Diegues. O artista, um dos fundadores do Cinema Novo, ao lado de ícones como Glauber Rocha, faleceu em decorrência de complicações em uma cirurgia.
A morte de Cacá provocou uma onda de homenagens e manifestações de luto entre artistas, jornalistas e autoridades. Ele era um dos imortais da Academia Brasileira de Letras e deixará um legado inestimável na cinematografia nacional.
Dentre as reações, Merval Pereira, presidente da ABL, destacou a importância do cineasta: "Cacá era, antes de tudo, um pensador do Brasil. Ele se posicionava nos momentos difíceis do país e não tinha uma questão ideológica para defender." Este reconhecimento reforça a relevância de Cacá como uma voz crítica e atuante na sociedade brasileira.
O ator Tony Ramos também expressou seu pesar: "É muito triste. Acabo de receber a notícia da passagem do nosso querido Cacá Diegues. A gente fica absolutamente surpreso, chocado. Esse grande diretor, essa história viva presente da cultura brasileira, que fez do cinema a sua luta constante. Mas vamos lembrar principalmente deste Cacá iluminado. Meus sentimentos à família e minha memória eterna sobre você, Cacá. Descanse em paz, descanse." A emoção de Tony evidencia o impacto de Cacá na vida e na carreira de muitos artistas.
A atriz Zezé Motta, que trabalhou com Cacá em "Xica da Silva", também fez questão de lembrar de sua contribuição: "Xica da Silva é, será sempre minha eterna fada madrinha. Foi fundamental para a construção da primeira grande imagem da 'escrava que virou rainha' diante da opinião pública. Minha eterna gratidão sempre ao gênio Cacá Diegues por me presentear com essa protagonista."
O ator José de Abreu fez referência à perda enquanto promovia o filme "O Grande Circo Místico": "Ao centro o grande Cacá Diegues, que nos deixa hoje. RIP CACÁ." A tristeza é palpável nas palavras de quem conviveu com ele.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas, se manifestou em apoio: "O cinema mundial está de luto. Perdemos o genial Cacá Diegues. Cineasta alagoano e imortal na Academia Brasileira de Letras, ele traduziu o brasileiro com sensibilidade em suas obras. Que seu legado continue iluminando a sétima arte. Descanse em paz, Cacá." Essa mensagem reforça a valorização do cineasta e sua identidade alagoana.
O senador Fabiano Contarato também lamentou: "O Brasil perde hoje Cacá Diegues, um dos maiores cineastas do país. Diretor dos filmes 'Xica da Silva', 'Deus é brasileiro' e 'Bye bye Brasil', a nossa cultura está de luto. Meus sentimentos a todos os familiares e amigos."
A deputada federal Talíria Petrone enfatizou a importância de Cacá no Cinema Novo: "Nosso cinema e nossa cultura perderam hoje Cacá Diegues, figura importante do Cinema Novo, diretor de 'Bye Bye, Brasil' e 'Ganga Zumba', entre outros filmes, e produtor cultural interessado no audiovisual que vinha surgindo nas favelas nas últimas décadas."
O deputado federal Orlando Silva complementou: "Cacá Diegues foi um dos precursores do Cinema Novo, ao lado de Glauber Rocha. Sua obra dialogou profundamente com o Brasil real e será sempre reverenciada por filmes inesquecíveis, como 'Xica da Silva' e 'Bye Bye Brasil'. Cacá Diegues deixará saudades. Meus sentimentos aos amigos e familiares."
Arthur Dapieve, comentarista da Globonews, refletiu: "Ele gostava de pensar o Brasil na sua complexidade. A complexidade faz mal a quem tem ideias ou preto ou branco. Ele tentava propor algo que, para algumas pessoas, não cabia bem, que é a sutileza de pensamento." Essas observações ressaltam o trabalho crítico de Cacá na busca por uma compreensão mais profunda da sociedade brasileira.
O escritor e jornalista Xico Sá também lamentou a perda: "Lá se foi o genial cineasta das Alagoas! A Caravana Rolidei suspendeu o espetáculo dessa noite em algum rincão perdido do Brasil. Descanse em paz, camarada." Essas palavras demonstram a perda de um artista que transcendeu as telas e fez parte do cotidiano brasileiro.
A morte de Cacá Diegues marca não apenas o fim de uma era, mas também a continuidade do seu legado, que influenciará gerações futuras de cineastas e amantes da arte. O reconhecimento de sua obra é um testemunho do impacto que ele teve no cinema brasileiro e na formação da identidade cultural do país. As homenagens sinceras de tantos artistas e colegas mostram o quanto a sua presença será sentida.
Por fim, é essencial celebrarmos a vida e o trabalho de Cacá Diegues, revendo seus filmes e indicando sua importância nas discussões contemporâneas sobre a cultura brasileira. Que sua memória permaneça viva nas telas e nos corações dos que amam a sétima arte.