A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na tarde de quinta-feira uma nova estrutura que irá liderar a arbitragem no Brasil. Essa mudança marca a saída de Wilson Luiz Seneme, ex-presidente da entidade, que foi demitido com a reestruturação.
A nova comissão será composta por um grupo de sete profissionais, que inclui Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho e Rodrigo Martins Cintra, que atuará como coordenador do grupo.
Como parte dessa nova direção, a CBF também contará com um comitê consultivo de arbitragem, que tem como membros o argentino Néstor Pitana, responsável por apitar a final da Copa do Mundo de 2018, o italiano Nicola Rizolli, que apitou a decisiva partida da Copa de 2014, e Sandro Meira Ricci. Esses consultores terão a função de realizar avaliações semanais da arbitragem brasileira.
Durante a apresentação do novo comitê, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, destacou a importância desse novo formato organizacional. Ele afirmou: “A CBF tira o papel de um condutor apenas e expande para que sejam pessoas que têm total conhecimento e disciplina para que trabalhem de forma conjunta para (buscar) a melhor solução para o futebol brasileiro.”
Essa reestruturação foi planejada nos últimos nove meses e, segundo Ednaldo, há a possibilidade de que novos "nomes internacionais" integrem o comitê consultivo no futuro. Além da apresentação do Comitê de Arbitragem, também foi anunciado a criação de um ranking de árbitros e da Escola Nacional de Arbitragem, com o objetivo de padronizar as práticas no setor.
Ednaldo Rodrigues também se comprometeu a empreender esforços significativos para profissionalizar a arbitragem no Brasil nos próximos dois anos. Ele mencionou: “De agora a até 24 meses, a gente (quer) ter um projeto bem estruturado e discutido para que a CBF possa apresentar à Câmara e ao Senado aquilo que já está na lei há muito tempo, mas não houve regulamentação, da tão sonhada profissionalização.”
Essa série de mudanças reflete o desejo da CBF de modernizar a arbitragem e elevar a qualidade do futebol brasileiro, buscando não apenas a melhor gestão, mas também a experiência dos árbitros envolvidos no processo. Com o novo comitê e as iniciativas que estão sendo implementadas, a entidade espera alcançar uma nova era para a arbitragem nacional, voltando-se para padrões reconhecidos internacionalmente.
À medida que essa nova estrutura começa a funcionar, muitos torcedores e especialistas do futebol estarão atentos ao progresso e à eficácia das mudanças implantadas, em busca de um futebol mais justo e com decisões mais sólidas durante as partidas.
Essa reestruturação não é apenas uma mudança de nomes, mas sim uma tentativa de elevar a arbitragem brasileira a um novo patamar, com um foco na formação e no desenvolvimento contínuo dos árbitros.