Recentemente, pesquisadores descobriram um manuscrito do século 18 em um antigo monastério armênio localizado no norte da Itália. Especialistas analisaram o documento e o classificaram como parte da "Língua Lamúlica" do Papiro Indiano, datado do século 13. Essa língua é, na verdade, o tâmil.
Com uma história que remonta a pelo menos 2.500 anos, o tâmil é ainda uma língua viva, falada por diversas comunidades ao redor do mundo, incluindo países como Singapura, Malásia, Maurício, Fiji, África do Sul e Canadá.
A evolução do idioma ao longo das gerações resultou em desvios linguísticos significativos. O hebreu, por exemplo, perdeu seu uso como língua viva por volta de 400 d.C, sendo salvo apenas nas liturgias judaicas ao redor do mundo.
Entretanto, o hebreu ressurgiu nos séculos 19 e 20, tornando-se o idioma oficial do Estado de Israel. Como uma língua semítica, faz parte da grande família das línguas afro-asiáticas.
Entre outras línguas antigas que resistem ao passar do tempo, destaca-se o basco, falado por nativos na região dos bascos na Europa, abrangendo partes da Espanha e França. A língua basca é notável por ter existido muito antes da influência do latim, que deu origem às línguas românicas contemporâneas.
O tâmil não é apenas uma língua rica em história, mas também é falado atualmente por cerca de 78 milhões de pessoas, sendo reconhecido como idioma oficial no Sri Lanka e em Singapura. Considerada uma das línguas clássicas que mais sobreviveram ao longo do tempo, o tâmil se destaca como uma das línguas mais proeminentes em uso ao redor do planeta.
Além do tâmil, o lituano é outra língua antiga em operação, preservando muitos sons e regras do Proto-Indo-Europeu (PIE), usado por volta de 3.500 a.C. Com cerca de 4 milhões de falantes, o lituano é a língua oficial da Lituânia e continua a ser um importante elemento cultural.
O farsi, língua falada pela maioria da população no Irã, Afeganistão e Tajiquistão, é um descendente direto do persa antigo, também destacado como um dos idiomas antigos que permanece em uso.
O islandês, por sua vez, é uma língua nórdica conservadora, falada por cerca de 320 mil pessoas na Islândia. Por sua estabilidade e preservação de características antigas, é considerada a língua mais conservadora do grupo escandinavo.
Já o macedônico, língua oficial da Macedônia do Norte, pertence ao grupo oriental das línguas indo-europeias e é intimamente relacionado ao búlgaro.
O finlandês, integrante da família fino-úgrica, apresenta palavras emprestadas de diversas outras famílias linguísticas, refletindo sua evolução ao longo dos séculos.
Outro idioma interessante é o georgiano, que possui uma rica tradição literária e desempenha um papel significativo como o idioma oficial da Geórgia, com cerca de 4 milhões de falantes.
Por fim, o irlandês gaélico localiza-se na família celta do ramo indo-europeu, sendo predominante na Irlanda e no Reino Unido, enriquecendo o patrimônio linguístico da região.
Este recente achado do manuscrito em tâmil reitera a importância das línguas clássicas e antigas, não apenas como formas de comunicação, mas como robustos símbolos culturais que conectam gerações e civilizações ao longo da história.
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