No último sábado, o Hamas libertou três reféns israelenses como parte de um acordo de cessar-fogo em vigor na Faixa de Gaza. Esta libertação marca a quinta troca de prisioneiros desde o início do acordo na guerra entre o grupo islamista e Israel. Os reféns foram entregues a representantes da Cruz Vermelha, um gesto que reflete o delicado estado das relações entre as partes envolvidas.
Os reféns libertados são Ohad Ben Ami, de 56 anos, que foi capturado em Kibbutz Beeri, juntamente com sua esposa Raz Ben Ami, esta última já havia sido libertada anteriormente durante uma trégua em novembro. Eli Sharabi, de 52 anos, que perdeu a esposa e duas filhas em um ataque ao mesmo kibbutz, e Or Levy, de 34 anos, que foi sequestrado durante o festival Nova, também foram libertados. Or tinha sua esposa Einav morta no ataque, deixando seu filho Almog, de apenas três anos, aos cuidados de parentes.
A liberação aconteceu às 10h no horário local (6h em Brasília). Assim como nas trocas anteriores, os reféns estavam visivelmente em estado de fraqueza e foram escoltados por milicianos armados até um local onde puderam se dirigir a uma multidão de cidadãos de Gaza que aguardava ansiosamente. Em seguida, foram acompanhados por uma equipe da Cruz Vermelha, que os transportou em veículos para o lado israelense.
Ao contrário de precedentes, nesta ocasião os reféns não precisaram passar por uma multidão intensa, uma mudança significativa que pode ter contribuído para um processo mais tranquilo. Também esteve presente um número considerável de militantes do Hamas, que permaneciam mascarados e armados, o que é característico das trocas anteriores.
As liberações anteriores foram realizadas em diferentes localidades, incluindo Khan Younis no sul e Jabalia no norte da Faixa de Gaza. Em contrapartida à liberação dos três reféns, Israel se comprometeu a libertar 183 palestinos, com destaque para 111 detentos da faixa que foram capturados após um ataque em 7 de outubro de 2023. Esta dinâmica de trocas e acordos entre o Hamas e Israel continua sendo uma questão central na busca por uma trégua duradoura na região.