O POCO X7, recém-lançado no início de janeiro, apresenta especificações atrativas e um design impressionante que chama atenção pelo acabamento sofisticado. Este smartphone busca se destacar entre suas alternativas, prometendo uma experiência fotográfica satisfatória e um desempenho sólido. Após testes intensivos, trazemos para você uma análise detalhada do POCO X7.
O design é um dos destaques do POCO X7, que apresenta uma parte traseira com material sintético que remete ao couro, conferindo não apenas um toque de luxo, mas também resistência contra riscos. O aparelho apresenta uma construção mista: enquanto as laterais são em plástico, a tela conta com proteção Gorilla Glass Victus 2 e suporte para conteúdos em Dolby Vision. Outra vantagem é a certificação IP68, que o torna resistente à água e poeira.
A qualidade da tela é igualmente impressionante, com uma resolução de 1.220 x 2.712 pixels, uma taxa de atualização ágil e um brilho máximo de até 3.000 nits, permitindo uma excelente visualização mesmo sob luz solar intensa.
A câmera principal do POCO X7 se destaca pela qualidade das imagens, oferecendo detalhes bem nítidos e um HDR eficiente, ideal para capturar fotos, mesmo em condições desafiadoras de iluminação. No entanto, sua configuração de câmera é subutilizada, composta por um sensor principal de 50 MP, uma lente ultrawide de 8 MP e uma macro de apenas 2 MP.
Embora a lente ultrawide sirva para fotos em grupo e paisagens, ela apresenta limitações, como um alcance dinâmico reduzido que compromete a qualidade das imagens em áreas escuras. A câmera macro, com baixa resolução, pode ser substituída por uma lente telefoto que proporcionaria mais versatilidade. Em termos de gravação, o aparelho suporta vídeos em 4K, mas sua taxa de quadros é limitada a 30 fps, o que pode impactar negativamente a fluidez das filmagens.
Equipado com o chipset MediaTek Dimensity 7300 Ultra, o POCO X7 é capaz de funcionar com até 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento interno. Durante nossos testes, o desempenho se revelou adequado para um smartphone intermediário, embora não excepcional. Para jogos, o aparelho se saiu bem, permitindo rodar títulos pesados como Call of Duty Mobile sem dificuldades, embora em algumas situações a qualidade gráfica precise ser ajustada para garantir fluidez.
No teste de desempenho realizado com o AnTuTu Benchmark, o dispositivo atingiu 679.742 pontos, um resultado competitivo, mas inferior a outros modelos do mesmo segmento. Um dos principais problemas detectados foi a presença excessiva de bloatware, que ocupa espaço e muitas vezes é desnecessário.
A autonomia da bateria do POCO X7 foi uma surpresa negativa. Apesar da expectativa de bom desempenho baseada em outros modelos da Xiaomi, o X7 não atendeu a essa expectativa. Em um uso comum, observou-se um consumo de cerca de 31% da carga ao longo de seis horas. Comparativamente, a média de outros dispositivos varia entre 25% e 26%, destacando que a estimativa de duração total para o POCO X7 gira em torno de 19 horas, dependendo do uso. Para jogadores mais assíduos, a durabilidade da bateria pode ser ainda menor.
Em termos de concorrência, o Galaxy A55 da Samsung e o Motorola Edge 50 Neo se apresentam como boas alternativas ao POCO X7, oferecendo desempenhos semelhantes. O Galaxy A55, por exemplo, se destaca pelo processador mais potente, enquanto o Motorola traz uma configuração de câmeras que inclui um sensor telefoto, ideal para fotos com zoom.
Em relação aos preços, o Galaxy A55 (256 GB) custa cerca de R$ 2.200, o Edge 50 Neo cerca de R$ 2.100 e o POCO X7 está na faixa de R$ 3.500 por sua versão de 256 GB e 8 GB de RAM, ou até R$ 4.200 com 512 GB e 12 GB de RAM.
Adquirir o POCO X7 só se justifica se o preço cair para aproximadamente R$ 2.000. Embora o dispositivo tenha desempenho sólido e uma câmera boa, seu valor atual no Brasil não compensa, visto que ele compete com aparelhos que oferecem características superiores. Se a Xiaomi não reavaliar o preço, os consumidores podem encontrar opções mais vantajosas no Galaxy A55 ou no Motorola Edge 50 Neo.