A morte de Alexandre, o Grande, permanece como um dos mais intrigantes mistérios da história antiga. O líder macedônio faleceu entre os dias 10 e 11 de junho de 323 a.C., na Babilônia, que atualmente é parte do Iraque. Desde então, o paradeiro de seus restos mortais tem gerado especulações e teorias, e agora, historiadores apresentam uma nova hipótese: o imperador pode ter sido devorado por tubarões.
As circunstâncias que cercam a morte de Alexandre são envoltas em lendas e versões diversas. Entre as teorias mais comuns, algumas sugerem que ele teria contraído sífilis, outras que teria sofrido de alguma doença viral, ou até mesmo que teria sido envenenado. Contudo, é importante observar que os relatos históricos sobre sua morte foram redigidos séculos depois, frequentemente carregados de viés político, o que impactou a percepção do local de seu sepultamento.
Nicholas Saunders, professor emérito do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade de Bristol, e também autor do livro "A Vida de Alexandre, o Grande", declarou à revista Live Science que os restos mortais do imperador não eram valorizados pela comunidade cristã da época. De acordo com as informações disponíveis, o corpo de Alexandre foi embalsamado e transferido de forma itinerante, passando por Luxor e, em seguida, para Alexandria. Com a dominação romana, o mausoléu dedicado a ele tornou-se um destino de peregrinação pagã, o que surpreendeu muitos.
No entanto, a ascensão do cristianismo trouxe mudanças significativas. Os líderes cristãos da época começaram a reprimir o simbolismo pagão, indo tão longe a ponto de forçar conversões. Isso levou os sacerdotes que cuidavam do túmulo de Alexandre a decidirem ocultar seu corpo, temendo que ele fosse profanado. Segundo o especialista Saunders, os romanos temiam que a figura de Alexandre pudesse se tornar concorrente à de Jesus.
Dessa forma, acredita-se que o sarcófago de Alexandre foi escondido em uma área de Alexandria que atualmente está submersa. Estudos recentes baseados em mapas antigos levaram à identificação de potenciais locais; grupos de mergulhadores têm explorado a região nos últimos anos, descobrindo fragmentos de templos e outras estruturas, mas não encontraram nada relacionado a Alexandre.
Isso gerou uma das teorias mais impactantes no campo da arqueologia, que sugere que os restos mortais do grande conquistador podem ter sido consumidos por tubarões. Paul Cartledge, professor emérito de cultura grega na Universidade de Cambridge, comentou à revista Live Science: "A menos que ele estivesse em um caixão que preservasse seu corpo, nunca o encontraremos. Suponho que seu corpo pode ter sido comido por um tubarão".
Reconhecido como um extraordinário estrategista em suas campanhas, Alexandre sempre sonhou em ser sepultado no Egito, próximo aos faraós do Novo Reino. Essa aspiração, no entanto, foi ofuscada pelo mistério incessante que rodeia sua morte e sepultamento, o que continua a fascinar estudiosos e entusiastas da história até os dias de hoje.
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