Os recentes dados de tráfego aéreo confirmaram que o helicóptero Black Hawk do Exército dos Estados Unidos estava voando a uma altura superior ao permitido quando colidiu com um avião comercial da American Airlines. A informação foi compartilhada pelo Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) em um relatório divulgado nesta terça-feira.
O acidente ocorreu quando o avião, que transportava 64 pessoas — incluindo 60 passageiros e quatro tripulantes —, se preparava para pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington, e caiu no rio Potomac.
A análise dos dados mostra que o Black Hawk estava a aproximadamente 91 metros do solo, ultrapassando em 30 metros a altitude máxima permitida para helicópteros na região, que é de 61 metros. O NTSB destacou que, devido ao arredondamento das informações do radar, a aeronave estava, na verdade, voando entre 76 e 106 metros.
Enquanto isso, o avião estava em uma altitude de 99 metros e possuía autorização para aterrissar. Essa discrepância de altura foi um fator crítico na investigação sobre a colisão.
Além disso, o NTSB obteve informações que indicam que o display da torre de controle de tráfego aéreo do DCA é alimentado por dados do Potomac TRACON, que combina informações de diferentes sensores de radar e ADS-B. Esses dados foram essenciais para identificar que o Black Hawk estava em uma altitude acima do permitido no momento do acidente.
Ainda assim, o órgão necessita de dados adicionais para confirmar as informações relacionadas ao helicóptero. Para isso, a recuperação da aeronave do fundo do rio, que está prevista para ocorrer ainda nesta semana, é fundamental. Além disso, os investigadores estão transcrevendo os gravadores de voz das cabines de comando de ambas as aeronaves para sincronizá-los com os dados de voo do helicóptero e do jato da American Airlines.
Os trabalhos de resgate das partes do Bombardier CRJ700, que continuam no rio Potomac, já resultaram na recuperação significativa de várias partes da aeronave. Entre os itens resgatados estão a asa direita, a fuselagem central, parte da asa esquerda, fuselagem esquerda, assim como componentes da cabine dianteira e do cockpit, além dos estabilizadores verticais e horizontais, cone de cauda, leme, elevadores, computador TCAS e um gravador de acesso rápido.
Este episódio destaca a importância do controle rigoroso de tráfego aéreo, especialmente em áreas metropolitanas, onde a segurança das operações aéreas é essencial para a proteção de vidas e propriedades. À medida que as investigações prosseguem, espera-se que mais informações venham à tona para elucidar os eventos que levaram a essa trágica colisão.
Os investigadores e autoridades competentes continuarão a acompanhar o desenrolar das recoveries e análises, visando garantir que todos os aspectos do acidente sejam totalmente compreendidos.
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