Recentemente, uma equipe de arqueólogos fez uma importante descoberta no Parque Residência, em Macapá. Eles encontraram artefatos históricos raros, que indicam a presença de povos ancestrais na região.
Conforme noticiado pela CNN Brasil, os pesquisadores identificaram vários itens, incluindo moedas e cachimbos, que podem ser datados antes das primeiras ocupações reconhecidas oficialmente, ocorridas por volta de 1750.
O historiador Edinaldo Nunes Filho, do colegiado de História da Unifap, explicou: “Existem provas de ocupação Ameríndia na área da pesquisa, como o antigo sítio cemitério ameríndio escavado em 1947, durante construção da residência do governador.” Essas informações destacam a relevância histórica do local.
O próximo passo dos arqueólogos será realizar estudos detalhados para determinar a idade exata dos objetos encontrados. Esses dados poderão trazer à luz informações significativas sobre a história da ocupação humana na região.
Kleber Souza, arqueólogo e coordenador do projeto, ressaltou que os achados indicam uma intensa atividade na área entre os séculos 17 e 18. Além das moedas e cachimbos, também foram descobertos artefatos de ferro, louças de origem europeia e cerâmicas indígenas, que ampliam nosso entendimento sobre as interações entre diferentes culturas daquele período.
Com uma população de aproximadamente 442 mil habitantes, Macapá é única entre as capitais brasileiras por ser cortada pela linha do Equador, o que lhe confere o título de “Capital do Meio do Mundo”. Essa característica geográfica atrai muitos visitantes e instiga a curiosidade sobre a cidade.
Macapá, a capital do estado do Amapá, está situada na Região Norte do Brasil, às margens do grandioso Rio Amazonas. A cidade foi oficialmente fundada em 4 de fevereiro de 1758 e possui uma história intricadamente ligada à colonização portuguesa e à convivência com povos indígenas na área.
A fortaleza de São José de Macapá, erguida no século 18 pelos portugueses, foi projetada para proteger o território contra possíveis ataques de franceses e holandeses, consolidando-se como um dos maiores fortes coloniais do Brasil.
Com o passar do tempo, Macapá se estabeleceu como um centro comercial e administrativo de relevância. Tornou-se cidade em 1944 e, em 1988, assumiu a função de capital do recém-formado estado do Amapá.
Um dos marcos mais reconhecíveis de Macapá é o Marco Zero, um monumento que demarca a passagem da linha do Equador, atraindo anualmente milhares de turistas interessados em conhecer essa peculiaridade geográfica.
A economia de Macapá é fortemente baseada em atividades comerciais, pesca e extrativismo, com ênfase na exploração de madeira e castanhas. O setor de serviços e o turismo ecológico também vêm crescendo, atraindo visitantes que desejam explorar as belezas naturais da região amazônica.
Dentre os locais mais buscados por turistas estão o Complexo Beira-Rio, uma área de lazer à beira do Amazonas, e o Parque do Forte, que proporcionam experiências únicas aos que visitam a cidade.
A cultura local é uma das mais ricas e diversas do Brasil. O marabaixo, uma importante manifestação cultural, se destaca como uma mistura de ritmo musical e dança de origem africana. O calendário festivo é igualmente vibrante, com a Festa de São José, padroeiro de Macapá, celebrada com grande fervor.
A gastronomia é outro atrativo de Macapá, repleta de pratos típicos como o tacacá, a maniçoba e o açaí, que estão presente no cotidiano dos moradores. Ingredientes regionais como o tucupi e o jambu também são amplamente utilizados, assim como os peixes amazônicos, destacando-se o pirarucu e o tambaqui.
Apesar de seu potencial, Macapá enfrenta desafios comuns às cidades da Amazônia, como a necessidade de melhorias na infraestrutura urbana, educação e saúde, buscando assim um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável.