O rapper Oruam utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (4) para se pronunciar sobre a investigação aberta pela Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que envolve um policial que foi fotografado ao seu lado em uma selfie. O artista, em um desabafo sincero, expressou sua indignação e afirmou: “Eu já falei, não tenho culpa do pai que eu tenho, não sou bandido, sou artista. Isso aí é uma covardia que o Estado faz”.
A repercussão do caso começou após Oruam compartilhar a imagem com o policial, que foi postada em seu perfil no dia 17 de janeiro. Desde então, a foto se espalhou pelas redes sociais, gerando uma série de comentários e debates sobre a relação entre artistas e a força policial.
Em sua defesa, Oruam questionou as motivações por trás da investigação e argumentou que o policial em questão não deveria ser culpabilizado pela situação. “Ele pediu um vídeo para a filha dele, qual culpa ele tem? A filha dele é (minha) fã”, destacou o rapper, ressaltando que a interação foi inocente e baseada na admiração.
Esse episódio reacende discussões sobre o tratamento dado a artistas e figuras públicas por parte das autoridades, além de trazer à tona o debate sobre preconceitos que podem estar envolvidos quando um famoso se relaciona com membros das forças de segurança.
Para Oruam, a crítica não deve ser direcionada ao PM, mas sim à maneira como a situação é manipulada e percebida pela sociedade. Ele defendeu que é essencial separar a figura do artista daquilo que é considerado 'certo' ou 'errado' dentro de um contexto social.
A postura do rapper, que se apresenta como um artista comprometido com sua carreira e sua comunidade, reflete uma preocupação maior com a justiça e a equidade no tratamento das pessoas por parte do Estado. Oruam lembrou que a presença de figuras públicas em diferentes setores da sociedade não deve ser usada como justificativa para investigações que possam ser interpretadas como perseguições.
Essa situação levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão e a interação entre artistas e a sociedade. É fundamental que haja um entendimento claro de que todos têm o direito de se expressar e de se relacionar socialmente, sem serem alvos de críticas ou investigações simplesmente pela sua condição pública.
As redes sociais têm sido um palco significativo para debates e exposições de situações como esta, permitindo que vozes como a de Oruam alcancem um público amplo. Com suas declarações, o rapper espera não apenas esclarecer sua posição, mas também abrir espaço para um diálogo mais profundo sobre preconceitos e estigmas que cercam artistas e suas interações sociais.
Esse caso, portanto, é um lembrete da responsabilidade que todos têm ao comentar e analisar ações de figuras públicas, reforçando a necessidade de um olhar mais crítico e menos preconceituoso sobre as relações entre a arte, a polícia e a sociedade.