Na segunda-feira, um atentado em Moscou chocou a comunidade internacional ao resultar na morte de Armen Sarkisyan, um proeminente líder paramilitar pró-Rússia. O incidente ocorreu em um prédio de apartamentos de luxo, onde uma bomba foi detonada no momento em que Sarkisyan se dirigia ao porão do complexo, localizado às margens do Rio Moscou, a apenas 12 quilômetros do Kremlin.
Imagens divulgadas pelo Comitê Investigativo da Rússia revelaram os danos significativos no saguão do edifício chamado "Velas Escarlates", com portas de vidro estilhaçadas e teto comprometido. Segundo a agência estatal de notícias Tass, a fonte policial que comentou o caso informou que uma bomba teria sido instalada no local antes da explosão.
Um agente policial consultado revelou que "A tentativa de assassinato de Sarkisyan foi meticulosamente planejada e foi encomendada. Os investigadores estão atualmente identificando os mandantes do crime". Em resposta, o Comitê Investigativo da Rússia abriu um inquérito criminal, incluindo acusações de homicídio e tentativa de homicídio de múltiplas pessoas, além de tráfico de armas.
Em um contexto mais amplo, este atentado ecoa um evento anterior em dezembro, quando a Ucrânia reivindicou a responsabilidade pela morte do general russo Igor Kirillov, que também foi morto em uma explosão em Moscou. No entanto, até o momento, a Ucrânia não fez declarações oficiais sobre a explosão que resultou na morte de Sarkisyan.
Relatos da Tass e da agência de notícias RIA Novosti indicam que Armen Sarkisyan ficou gravemente ferido e morreu em decorrência dos ferimentos recebidos. A explosão também resultou na morte de um de seus guarda-costas e deixou três pessoas feridas.
Sarkisyan era uma figura controversa, não só por sua atuação como colaborador pró-Rússia, mas também por sua influência no esporte, liderando uma federação de boxe na região de Donetsk, que está sob controle russo. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) o acusou previamente de ser um chefe do crime organizado na região, alegando que ele ajudava e participava de "grupos armados ilegais".
Os relatos sugerem que Sarkisyan estabeleceu uma unidade militar composta em grande parte por combatentes de sua própria etnia armênia, a qual operava contra as forças ucranianas desde sua formação em 2022. Os mecanismos de recrutamento de Sarkisyan também incluíam a compra de suprimentos para suas tropas na linha de frente, ações muito criticadas em Kiev.
A conexão de Sarkisyan com o crime organizado é detalhadamente explorada pelo canal russo independente Mediazona, que destaca sua notoriedade na cidade de Horlivka, na região de Donetsk. O legado criminoso de Sarkisyan e seu papel na conflictiva atuação militar na Ucrânia tecem um panorama complexo em torno de sua figura e o impacto de sua morte na situação já delicada da região.
O atentado em Moscou simboliza não apenas uma nova virada na luta entre forças pró-Rússia e ucranianas, mas também pode implicar uma escalada nas tensões entre os dois países. O inquérito em andamento poderá revelar mais informações sobre as motivações e os responsáveis por esse ataque fatídico.
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