A recente explosão do foguete Starship, da SpaceX, levanta preocupações sobre o impacto ambiental resultante. Durante seu sétimo teste de voo, ocorrido em janeiro, o estágio superior do foguete foi detonado a aproximadamente 150 km de altitude, o que pode ter provocado a liberação de compostos poluentes na atmosfera.
De acordo com Jonathan McDowell, astrônomo e especialista em detritos espaciais, o estágio superior do Starship tinha um peso de cerca de 85 toneladas sem considerar o propelente. Connor Barker, pesquisador de química atmosférica na University College London, apresentou uma estimativa indicando que o retorno do foguete à atmosfera possa ter gerado mais de 45 toneladas de óxidos metálicos e cerca de 40 toneladas de óxidos de nitrogênio. No entanto, Barker enfatizou que essas são apenas previsões iniciais e não representam cálculos exatos sobre o impacto ambiental da explosão.
Em um artigo publicado na revista Nature, Barker discutiu como as emissões de foguetes e os poluentes resultantes da reentrada de satélites podem interagir com a atmosfera terrestre. Os óxidos de nitrogênio, por exemplo, são conhecidos por seu potencial de causar danos à camada de ozônio, que desempenha um papel crucial na proteção do planeta.
Além disso, em uma postagem no LinkedIn, Barker indicou que a quantidade de poluição atmosférica gerada pela explosão poderia equivaler a 35% dos meteoritos que incineram na atmosfera anualmente. Os pesquisadores ainda enfrentam desafios para determinar quantas toneladas do foguete de fato se queimaram e quantas caíram na Terra, dificultando a avaliação precisa da quantidade de poluentes liberados pela explosão do Starship.
McDowell não hesitou em declarar, em conversa com a Space.com, que é muito provável que “muitas toneladas” do foguete tenham caído no oceano. Uma questão relevante é que o estágio superior do Starship é feito de aço inoxidável e não de alumínio. Essa distinção é importante, pois o alumínio, ao queimar, gera óxidos de alumínio que podem prejudicar a camada de ozônio e afetar a refletividade da atmosfera.
Com o aumento no número de lançamentos de foguetes e satélites, aliado à maior frequência de suas reentradas na atmosfera, as expectativas são de que as concentrações de gases poluentes e partículas nocivas aumentem rapidamente. Isso pode agravar ainda mais o estado da camada de ozônio, que já enfrenta desafios significativos devido a outras fontes de poluição.
A exploração do espaço e suas implicações ambientais estão se tornando um tópico cada vez mais relevante. À medida que a tecnologia avança e os lançamentos se intensificam, é crucial que cientistas e especialistas monitorem e analisem os impactos desses eventos. O desenvolvimento de práticas mais sustentáveis para minimizar os efeitos adversos sobre a atmosfera será vital nos próximos anos.
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