O recente acidente envolvendo um helicóptero militar e um avião da American Airlines em Washington resultou na identificação da capitã Rebecca M. Lobach. Inicialmente, a família havia solicitado que seu nome não fosse divulgado, mas decidiu rever essa posição e emitiu uma declaração elogiando suas conquistas e qualificações.
A capitã Lobach, de 28 anos, estava realizando seu voo anual de avaliação, acompanhado do suboficial Andrew Loyd Eaves, de 39 anos, que atuava como seu avaliador. O sargento Ryan Austin O'Hara, de 28 anos, também estava a bordo e perdeu a vida no trágico acidente.
Rebecca M. Lobach formou-se pelo ROTC na Universidade da Carolina do Norte e integrou-se ao Exército em janeiro de 2019. Ao longo de sua carreira, atuou como líder de pelotão e oficial executiva de companhia no 12º Batalhão de Aviação, localizado em Fort Belvoir, Virginia. Com mais de 450 horas de voo, ela era certificada como piloto em comando.
A identidade da capitã se tornou um ponto sensível nas investigações devido a comentários do presidente Donald Trump, que, sem apresentar evidências, sugeriu que a diversidade no Exército poderia ter contribuído para o acidente. As investigações, no entanto, ainda estão em andamento para determinar as reais causas do desastre.
Conforme informações da agência AFP, as operações de resgate no Rio Potomac, local onde se encontram destroços e corpos das vítimas, avançaram, resultando na recuperação e identificação de 55 dos 67 ocupantes envolvidos na colisão.
Dentre os comentários de Trump, ele destacou que o helicóptero estava voando a uma altitude excessiva, afirmando que a aeronave poderia estar “muito acima do limite de 200 pés”. Ele publicou: “O helicóptero Blackhawk estava voando muito alto, muito alto. Estava muito acima do limite. Isso não é muito complicado de entender, é???” na sua rede social Truth Social, sem oferecer detalhes adicionais da investigação.
A avaliação inicial da Administração Federal de Aviação (FAA) novamente trouxe à tona a questão das operações da torre de controle, que, segundo relatos, estava com um número reduzido de controladores durante o evento. Um relatório indicou que apenas um controlador estava cuidando do tráfego aéreo na quarta-feira à noite, o que é considerado abaixo do que é necessário para uma operação segura no aeroporto Ronald Reagan, de onde o avião estava se aproximando.
O Conselho Nacional de Transportes começou a analisar as caixas pretas encontradas, que foram localizadas por equipes de resgate. Essas caixas incluem o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo do avião CRJ700 da American Airlines. A avaliação preliminar dos dados deve ser divulgada em até 30 dias.
De acordo com as informações dos investigadores, os gravadores de dados e voz foram recuperados do Rio Potomac e encaminhados para o laboratório do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) para análise. Essa tecnologia é fundamental para elucidar as causas de desastres aéreos e evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. O caso do voo 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009, é um exemplo claro da importância das caixas pretas, que foram recuperadas quase dois anos após o acidente.
Esses dispositivos são projetados com materiais extremamente resistentes, e espera-se que não tenham sofrido danos significativos durante a colisão ou a subsequente queda no rio.
Com as investigações em andamento, esperamos que mais informações venham à tona para esclarecer os detalhes deste trágico acidente. A comunidade aguarda ansiosamente por respostas que indiquem o que realmente aconteceu naquele dia fatídico.
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