Recentemente, ônibus transportando palestinos doentes ou feridos chegaram ao posto de fronteira de Rafah, com destino ao Egito. Neste sábado (1º), ao menos 100 pacientes, a maioria crianças, foram transferidos, segundo informações do Ministério da Saúde palestino em Gaza. Essa transferência é parte do acordo de reféns e cessar-fogo firmado em janeiro entre Israel e o Hamas.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou através do X que uma equipe da OMS estaria a caminho de Rafah, "para dar suporte no transporte de pacientes de Gaza para tratamentos médicos especializados".
A reabertura da passagem de Rafah, nesta data, marca o primeiro funcionamento desde maio de 2024. Este é um importante ponto de entrada e saída do território palestino.
O cenário na Faixa de Gaza é complexo e tenso. Israel tem realizado intensos ataques aéreos na região desde 2023, após a invasão do Hamas que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, conforme as contagens israelenses. Além disso, o Hamas mantém diversos reféns, não reconhecendo Israel como Estado e reivindicando o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem reiterado seu compromisso em destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar os reféns detidos em Gaza. As ações do Exército de Israel incluem ofensivas aéreas e incursões terrestres que levaram a um deslocamento massivo da população civil em Gaza.
A ONU e várias instituições humanitárias emitiram alertas sobre uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, reportando a escassez crítica de alimentos, medicamentos e a disseminação de doenças, o que agrava ainda mais a vida da população local.