São muitas as situações que podem levar uma mulher a precisar tomar a pílula do dia seguinte. O medicamento é composto por hormônios que agem tentando impedir a gravidez — ou seja, nem sempre é eficaz e a gestação pode continuar.
Para tirar as principais dúvidas sobre o tema, a médica ginecologista da clínica Ginelife, Ana Carolina Romanini, falou ao Canaltech. Abaixo, veja respostas para as seguintes dúvidas:
1- O que é e como funciona a pílula do dia seguinte?
A médica explica que a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, que possui em sua composição altas doses de hormônio, no caso, o levonorgestrel, que impede a ovulação ou dificulta a fertilização. \"Ela age impedindo ou atrasando a ovulação, além de dificultar a fertilização do óvulo ou a implantação do embrião, caso a ovulação já tenha ocorrido\", diz Ana Carolina. Para ser eficaz, a pílula deve ser tomada o mais rápido possível após a relação sexual, até 72 horas após.
2- Em quais casos ela deve ser usada?
Ela é utilizada para evitar a gravidez após relações sexuais desprotegidas ou quando acontece a falha em outro método contraceptivo, por exemplo, quando a camisinha estoura. No entanto, ela não deve ser usada com frequência, pois a alta dose hormonal pode levar a sérios problemas de saúde, como trombose e acidente vascular cerebral (AVC).
3- Qual a taxa de eficácia?
Segundo Ana Carolina, a eficácia varia conforme o tempo em que ela é tomada após a relação sexual desprotegida. \"Em geral, se tomada dentro de 72 horas, a eficácia é de aproximadamente 75% a 89%. Quanto antes for tomada, maior a eficácia\", diz.
4- Quais fatores diminuem ou aumentam a eficácia?
Fatores que podem diminuir a eficácia:
Fatores que aumentam a eficácia:
5- Quando ela não deve ser usada em hipótese alguma?
No geral, ela é contraindicada nas mesmas situações em que os contraceptivos hormonais. São elas: gravidez confirmada, alergia a componentes, sangramento vaginal inexplicado, uso de outros contraceptivos hormonais (DIU, pílula, implante, anel vaginal ou adesivo) e mediante certas condições médicas, como doenças hepáticas graves.
6- Quais os efeitos colaterais?
Ana Carolina afirma que a pílula do dia seguinte pode causar alguns efeitos colaterais, mas não em todas as mulheres. Os mais comuns incluem: náuseas, vômitos (se acontecer dentro de duas horas após a ingestão, pode ser necessário tomar outra dose), dor abdominal, alterações no ciclo menstrual, fadiga, sensibilidade nas mamas e dor de cabeça.
7- Como saber se ela funcionou?
Quando a menstruação acontece, é sinal de que funcionou. No entanto, a alta dose de hormônio pode também adiantar ou até mesmo atrasar o ciclo. Para conferir, o ideal é fazer um teste de gravidez.