Transferência de crianças palestinas doentes faz parte de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Neste sábado, 1º de fevereiro, um total de 50 crianças, que necessitam de tratamento médico urgente, deixarão Gaza, conforme informou Munir Al-Barash, diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza à CNN.
Essas crianças foram selecionadas de hospitais como o Nasser, em Khan Yunis, e o Hospital Al-Shifa, localizado na cidade de Gaza. Muitas delas enfrentam doenças graves, incluindo câncer e condições hematológicas. “Enviamos 400 nomes de crianças doentes para a Organização Mundial da Saúde”, declarou Al-Barash.
A transferência faz parte de um acordo mais amplo que envolve também a troca de reféns e um cessar-fogo estabelecido no mês de janeiro entre Israel e o Hamas. O conflito na região da Faixa de Gaza se intensificou desde 2023, quando Israel começou a executar ataques aéreos em resposta a uma invasão do Hamas, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, segundo dados israelenses. Durante esse período, o Hamas manteve a posse de vários reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense em nome da Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou sua intenção de desmantelar as capacidades militares do Hamas e recuperar os reféns mantidos em Gaza. O Exército de Israel também tem realizado operações terrestres na área, o que resultou em um significativo deslocamento populacional na região.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e diversas instituições humanitárias têm soado alarmes, identificando uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza. As entidades reportam escassez crítica de alimentos, medicamentos e a disseminação de doenças, o que agrava ainda mais a situação já delicada enfrentada pela população local.