Piloto do Exército detalha segurança em voos complexos

Um piloto do Exército que operou helicópteros Black Hawk ao redor do Aeroporto Nacional Reagan, na região de Washington D.C., explicou à CNN que os voos são meticulosamente planejados, especialmente ao navegar pelo complexo espaço aéreo da área. "As pessoas pensam: 'Isso parece intencional', e não posso deixar de enfatizar que esta já é uma área muito congestionada para voos", destacou. "Já são modos de voo muito difíceis para as aeronaves... A ideia de que isso poderia ser intencional de alguma forma nem está na mesa."

Pelo regulamento do Exército, os pilotos devem informar todo o seu plano de voo à unidade antes de decolar. O planejamento inclui uma ampla avaliação de riscos — considerando fatores como o clima, a quantidade de luz disponível, as manobras projetadas e os locais de pouso. Mergulhadores enfrentam lama e baixa visibilidade nas buscas por vítimas do acidente aéreo.

Além disso, algumas questões recentes levantadas, como a sugestão de Trump de que a colisão entre aeronaves foi causada por incompetência, têm gerado debates. Também foi noticiado que as caixas-pretas do avião envolvido na colisão com o helicóptero nos EUA foram finalmente encontradas.

O processo de avaliação dos planos de voo é rigoroso. Um instrutor, geralmente um piloto sênior, avalia e aprova ou desaprova partes do trajeto de voo. Essa avaliação é então revisada pelo comandante da unidade e enviada à FAA. "É uma série incrivelmente complexa de mitigação de risco que acontece levando-os a sair e voar nessa situação", explicou o piloto.

Com tanto detalhe envolvido no planejamento dos voos, o piloto ponderou que seriam "coisas muito simples" que precisariam dar errado para levar à tragédia ocorrida na quarta-feira (29) à noite. Ele também descartou a teoria de que o Black Hawk não estava com o transmissor ligado, uma hipótese que circulou nas redes sociais como possível causa do acidente. O piloto enfatizou que várias circunstâncias teriam que falhar gravemente para que uma aeronave sem o transmissor estivesse naquele espaço aéreo, especialmente levando em conta as salvaguardas implementadas após os eventos de 11 de setembro.