O Congresso Nacional foi iluminado nesta quarta-feira (29) com as cores da bandeira trans. A homenagem acontece pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans. De acordo com a Câmara, o objetivo é celebrar a data "em defesa da igualdade de direitos no acesso à educação, saúde e emprego e do combate à discriminação". A ação foi um pedido das deputadas federais Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), as primeiras parlamentares trans eleitas no país.
Por segurança, a embaixada do Brasil na RD Congo adotou regime de plantão. O governo também anunciou um concurso para a PF com 2.000 vagas e criou um grupo de trabalho com os EUA para tratar de deportações. Nas redes sociais, Salabert questionou o Ministério da Saúde sobre a reformulação do processo transexualizador que, até o momento, ainda não foi publicado pela pasta. "Desde 2023 estamos negociando com o governo federal a reformulação do processo transexualizador. O texto foi pactuado e ficou pronto no final daquele ano. Desde então aguardamos a sua publicação. Ministério da Saúde cadê a publicação do PAES POP TRANS? Chegamos no limite, não aceitaremos mais retrocesso", escreveu a deputada no X (antigo Twitter).
🏳️⚧️ Em homenagem ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, iluminamos o Congresso Nacional com as cores da nossa bandeira. Nesse ano, a nossa mensagem é que só visibilidade não basta. Não aceitaremos mais que levantem nossa bandeira e usem nossos corpos para se promover, conquistar… pic.twitter.com/MIOJLexiRF— Duda Salabert (@DudaSalabert) January 29, 2025
Além disso, a assessoria de Erika Hilton informou que a parlamentar enviou à Câmara um projeto de lei que institui a Política Nacional de Saúde Mental para pessoas trans e travestis. "A saúde mental precisa ser vista como um direito básico e seu acesso via SUS precisa ser fortalecido para todas as pessoas", afirmou. "E quando falamos de pessoas trans e travestis, estamos falando de pessoas que comumente vivem na pele a marginalização, o subemprego, as esquinas de prostituição e até mesmo o drogadicídio", prosseguiu.
O Brasil é considerado o país com mais mortes de transsexuais e travestis. De acordo com levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgado na última segunda-feira (27), o Brasil continua sendo um dos países mais letais para a comunidade. Segundo a pesquisa, houve uma redução de 16% em relação ao ano anterior. Contudo, pelo 16º ano consecutivo, o país permanece no topo da lista de assassinatos de pessoas trans e travestis no mundo, com 122 mortes registradas em 2024. São Paulo foi o estado com o maior número de assassinatos, registrando 16 casos, seguido por Minas Gerais, com 12 ocorrências.