Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, declarou nesta sexta-feira (24/1) que os voos de deportação de migrantes começaram nos Estados Unidos, poucos dias após a posse do presidente Donald Trump. Ela afirmou que "o presidente Trump está enviando uma mensagem forte e clara para o mundo inteiro: se você entrar ilegalmente nos Estados Unidos da América, enfrentará consequências duras". A publicação incluiu duas fotos, mostrando uma fileira de detentos sendo embarcados em uma grande aeronave militar dos EUA. As autoridades não tornaram pública a identidade dos detidos, e não está claro para onde esse grupo em particular está sendo enviado. Agentes da Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) prenderam 538 pessoas e registraram 373 detenções na quinta-feira.
Leavitt descreveu os presos como "criminosos imigrantes ilegais", incluindo quatro membros de uma gangue venezuelana, indivíduos condenados por crimes sexuais contra menores e um "suspeito de terrorismo". "A maior operação de deportação em massa da história está bem encaminhada", comentou Leavitt em sua postagem. "Promessas feitas. Promessas cumpridas", acrescentou.
Nesta sexta, o dólar apresentou queda, cotado a R$ 5,88 às 14h10, após Trump admitir a possibilidade de um acordo comercial com a China, além de relatar que preferiria não criar tarifas de importação sobre os produtos chineses. "Correu tudo bem. Foi uma conversa boa e amigável", disse Trump sobre sua ligação com o presidente chinês Xi Jinping na semana passada, conforme revelado em uma entrevista à Fox News retransmitida na quinta-feira à noite. Questionado sobre um possível acordo com a China sobre práticas comerciais justas, Trump declarou: "Eu posso fazer isso", segundo informações da agência Reuters. O presidente também enfatizou que embora preferisse não ter que usar tarifas, essas constituem um "tremendo poder" sobre a China, ressaltando: "Mas temos um poder muito grande sobre a China, e são as tarifas, e eles não as querem, e eu preferiria não ter que usá-lo, mas é um tremendo poder sobre a China".
O presidente russo Vladimir Putin afirmou, também nesta sexta-feira, que está disposto a se encontrar com Trump para discutir a guerra entre Rússia e Ucrânia, além de outras questões globais. "Sempre dissemos, e quero enfatizar isso mais uma vez, que estamos prontos para essas negociações sobre a questão ucraniana", disse o líder do Kremlin à imprensa estatal russa. Na quarta-feira, Trump solicitou à Rússia que "parasse com essa guerra ridícula", sob a ameaça de punir "impostos, tarifas e sanções" contra Moscou. Ele também relatou que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estava "pronto para fazer um acordo" para terminar a guerra. Zelensky, em uma entrevista à Bloomberg, ressaltou que tais discussões "podem ser justas ou injustas", dependendo da postura da América e da Europa em relação às nações do Sul Global.
Trump, empossado para seu segundo mandato na segunda-feira (20/1), rapidamente promulgou várias medidas que foram promessas de campanha, usando predominantemente ordens executivas. As diretrizes que o novo governo está estabelecendo já têm feito ondas e prometem moldar as políticas dos próximos anos.